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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

'Amor Sem Escalas' passa longe das comédias românticas

Poucos são os artistas que possuem a mesma credibilidade de George Clooney em Hollywood atualmente. Nos últimos anos, o ex-galã da série "E.R." se tornou uma das figuras mais influentes do cinema, angariando sucessos de bilheteria como a franquia "11 Homens e um Segredo" e diversas indicações ao Oscar e outras premiações similares, não só como ator, mas também como diretor e roteirista.

Apesar de as indicações da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas ainda não terem sido anunciadas (o que ocorrerá no dia 2 de fevereiro), é praticamente certo que Clooney mais uma vez não ficará de fora, desta vez, por sua participação no filme "Amor Sem Escalas", que estreia nesta sexta-feira (20) nos cinemas brasileiros.

Dirigido por Jason Reitman ("Juno"), o longa foi líder de indicações ao Globo de Ouro, realizado no último domingo (17), com seis no total. Acabou perdendo todas as principais para o blockbuster "Avatar" de James Cameron, enquanto Clooney - atualmente envolvido com um show beneficente para ajudar as vítimas do terremoto no Haiti - foi preterido como melhor ator dramático por Jeff Bridges ("Crazy Heart"). Ainda assim, a produção saiu com o prêmio de melhor roteiro e uma boa perspectiva para o Oscar.

Na trama, o ator é Ryan Bingham, um consultor contratado por empresas para assumir a árdua tarefa de demitir os funcionários que já não são mais necessários. Considerando a atual conjuntura mundial, não é difícil concluir que ele é um profissional bastante requisitado. Mas, apesar do emprego que a maioria consideraria nada animador, Ryan leva a vida desprovido de preocupações. Tanto que ministra palestras motivacionais ensinando a pessoas como não carregar o peso do mundo nas costas.



Assim, o executivo passa a maior parte do ano viajando de cidade em cidade para levar a má notícia para alguém. Confortável no estilo de vida que adotou, Ryan não se importa de não ter muito contato com a família ou amigos. Sua meta é juntar o máximo de milhas possível. Quando confrontado sobre ter se tornado um eremita moderno, ele responde que "está sempre rodeado de pessoas". Porém, uma reestruturação na empresa em que trabalha está prestes a mudar tudo. A fim de cortar custos, seu chefe (Jason Bateman) resolve adotar um plano de demissão por meio de videoconferências.

Para piorar a situação, Ryan recebe a missão de ensinar à novata Natalie (Anna Kendrick), responsável pelo tal projeto de reestruturação, o ofício de demitir desconhecidos. Em meio a isso, ele conhece Alex (Vera Farmiga), uma versão feminina de si mesmo. Com esse cenário, é inevitável que o protagonista logo se veja imaginando como seria a vida com todo o peso do mundo que até então evitava.

Apesar de a princípio parecer um filme despretensioso, "Amor Sem Escalas" consegue tocar, com muita sensibilidade, em uma série de assuntos cruciais, desde a família até a atual situação mundial de trabalho pós-crise. O título em português, aliás, contribui para que o longa soe - erroneamente - como uma comédia romântica. Longe disso. "Up in the Air", o título original, é uma expressão em inglês para definir que as coisas estão "no ar", ou seja, indefinidas. Mais ou menos como a vida do protagonista.



Clooney nunca chega a variar muito em termos de atuação, neste ou em qualquer outro filme. Já Vera Farmiga e Anna Kendrick são os destaques nesse sentido no longa. Mesmo que repita no Oscar o desempenho do Globo de Ouro - com uma série de indicações e poucos prêmios - a produção ainda assim merece ser considerada como uma das melhores do último ano. Como já havia mostrado em "Obrigado por Fumar" e "Juno", Jason Reitman é uma das boas apostas da nova geração de diretores.

http://br.noticias.yahoo.com/s/21012010/48/entretenimento-amor-escalas-passa-longe-das.html

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