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sábado, 14 de maio de 2011

Quanto vale ou é por quilo?


Lançamento: 2005 (Brasil)
Direção: Sérgio Bianchi
Atores: Ana Carbatti, Cláudia Mello, Myriam Pires, Leona Cavalli.
Duração: 104 min
Gênero: Drama

Sinopse: Uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma solidariedade de fachada. No século XVII um capitão-do-mato captura um escrava fugitiva, que está grávida. Após entregá-la ao seu dono e receber sua recompensa, a escrava aborta o filho que espera. Nos dias atuais uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.


Neste filme os atores são coadjuvantes o qual a grande estrela é o roteiro e o "ator" principal é o diretor Sérgio Bianchi.

Esse filme é uma grande sacada, pois, apesar de fazer uma crítica direta as ONGs, a história pode ser comparada com qualquer outro tipo de situação no Brasil, devido a abordagem ao jeitnho brasileiro de se levar vantagem em tudo.

Também é um tipo de filme - e não existem muitos - que é sempre novo. Todo vez que se vê, traz algo de diferente, pois não é um filme estático, datado, que parou no tempo. Seja em que época for pode-se comparar a história contada com o que se passa no presente e tiraremos sempre uma nova conclusão, um novo aprendizado, uma nova revolta.

Agora, quem não viu, pense bem antes de assistir, pois - apesar que eu acho que todos deveriam ver - é um filme com cenas nojentas, mas não nojento em si, mas a situação. Dá asco de pensar que vivêmos em um país assim que ganha em cima de pobres, de incapazes, que vivemos com uma pequena parcela da sociedade que produz ladrões, assassinos, corruptos... e não só vivemos com ela, como também queremos ser como ela!

É um filme que nos coloca na verdade, quebra o conta-de-fadas que vivemos. Mais-ou-menos como se descobríssemos que somos adotados (muitos até devem ser). Primeiro vem aquele choque, depois a negação, depois a revolta e por último a aceitação (essa parte é perigosa).

É lamentável que não haja mais divulgação desse filme devida a sua alta crítica à sociedade. Imagina se esse filme passasse na Globo na Tela Quente! Eu mesma, tenho certeza que, se não fosse pela minha professora ter levado esse filme para aturma assistir, jamais teria conhecimento da película.

Quando vi esse filme meu mundo caiu, sério. Descobri que estava vivendo uma mentira.

Trailer:

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