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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Corpo, beleza, santidade e sexualidade

por Pe. Daniel Guindon


Valorizar a beleza é reconhecer o que Deus mesmo considerou ao criar o homem e a mulher: “e viu que era muito bom” (Gn 1, 31). É reconhecer que Deus tem bom gosto: é um artista mesmo! A beleza, na conceição neo-tomista, é a síntese da bondade e da verdade.

O vestuário e a maquiagem buscam evidenciar aquela beleza natural que está ínsita no ser humano. Por diversos motivos (genéticos, má alimentação, etc.), as pessoas não possuem uma perfeição harmoniosa como os antigos gregos e os italianos do Renascimento gostavam de esculpir.

Lembremos também que o homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus. Ver uma imagem há de levar-nos a olhar para o nosso Criador e Dono, o nosso “original”.

Por tanto, podemos considerar em primeiro lugar a moda e o cultivo da beleza corporal como um bem na medida em que nos levam a bendizer a Deus e reconhecer a sua grandeza, e não a adorar a imagem perdendo o sentido da sacramentalidade do corpo, quer dizer, esquecendo que é canal (meio e instrumento) para mostrar-nos a bondade e a verdade de Deus.

Em segundo lugar, lembrando os primeiros artigos em que explicamos que o corpo é sinal de toda a pessoa, a beleza do corpo me leva a reconhecer a bondade e beleza da interioridade da pessoa. Vendo o corpo da Sara Carbonara, para dar um exemplo à ordem do dia, sou levado a reconhecer a bondade da sua pessoa, porque ela é a imagem de Deus, é filha de Deus. A sua beleza me ajuda a lembrar que ela merece minha estima pelo que ela é, uma pessoa humana. A experiência nos diz que é mais fácil amar uma pessoa linda que uma pessoa feia. As duas merecem o mesmo carinho, mas em certos casos é preciso de mais virtude. Por isso o cultivo da beleza não pode ser indiferente, sem qualificação moral.

Em terceiro lugar, reconhecemos na beleza do outro sexo um atrativo sexual. Deus assim criou o homem e a mulher. A beleza do corpo ajuda a cumprir a vocação ao amor que está inserida no coração de todo homem e de toda mulher. A beleza favorece a atração, que é o início de um conhecimento mútuo. O seu fim é a união carnal e espiritual no matrimônio. Porque se o atrativo sexual motiva os dois namorados a buscar um relacionamento estável no matrimônio, uma vez assumido este compromisso tão difícil hoje, o atrativo sexual é necessário para perseverar nesta união. Como podemos ler no Cântico dos cânticos, nos verdadeiros esposos existe um verdadeiro e contínuo encanto que não se limita à beleza corporal, mas, ao contrário, esta beleza corporal está unida intimamente a beleza espiritual dos cônjuges.


Artigo completo aqui!

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