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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Biografia dos Santos: São Daniel Comboni

Daniel Comboni: um filho de camponeses-jardineiros pobres que se tornou o primeiro Bispo católico da África Central e um dos maiores missionários na história da Igreja.
É mesmo verdade: quando o Senhor decide intervir e encontra uma pessoa generosa e disponível, acontecem coisas novas e grandiosas.

  
Filho único - pais santos 
Daniel Comboni nasceu em Limone sul Garda (Brescia - Itália) a 15 de Março de 1831, duma família de camponeses ao serviço de um rico senhor local. O pai e a mãe, Luis e Domenica, eram afeiçoadíssimos a Daniel, o quarto de oito filhos falecidos quase todos em tenra idade. Eles formavam uma família unida, rica de fé e de valores humanos, mas pobre de meios económicos.E é exactamente a pobreza da família Comboni que obriga Daniel a deixar a aldeia natal para ir frequentar a escola em Verona, no Instituto fundado pelo sacerdote Don Nicola Mazza.
Nestes anos passados em Verona, Daniel descobre a sua vocação ao sacerdócio, completa os estudos de filosofia e teologia e, sobretudo, abre-se à missão da África Central, fascinado pelo testemunho dos primeiros missionários mazzianos que regressavam do continente africano. Em 1854 Daniel Comboni é ordenado sacerdote e três anos depois parte para a África juntamente com outros cinco missionários do Istituto Mazza, com a benção da mãe Domenica que lhe diz: «Vai, Daniel, e que o Senhor te abençoe». 

No coração da África - com a África no coração 
Após quatro meses de viagem, a expedição missionária de que Comboni faz parte chega a Cartum, capital do Sudão. O impacto com a realidade africana é enorme. Daniel dá-se imediatamente conta das dificuldades que comporta a sua nova missão. O cansaço, o clima insuportável, as doenças, a morte de numerosos e jovens companheiros, a pobreza e abandono do povo impelem-no cada vez mais a seguir em frente e a não abandonar a missão iniciada com tanto entusiasmo. Da missão de Santa Cruz escreve aos seus pais: «Teremos que sofrer, suar, morrer, mas o pensar que se sofre e morre por amor de Jesus Cristo e da salvação das almas mais abandonadas do mundo é demasiado consolador para nos fazer desistir da grande empresa».
Ao assistir à morte em África dum seu jovem companheiro missionário, Comboni em vez de desanimar sente-se interiormente confirmado na decisão de continuar a sua missão: «Ou Nigrizia ou morte, ou a África ou a morte».
E é sempre a África e a sua gente que levam Comboni, uma vez regressado a Itália, a conceber uma nova estratégia missionária. Em 1864, recolhido em oração junto ao túmulo de São Pedro em Roma, Daniel tem uma iluminação fulgurante que o leva a elaborar o seu famoso Plano para a regeneração da África, um projecto missionário (que se pode sintetizar numa intuição, «Salvar a África com a África», e que é fruto da sua ilimitada confiança nas capacidades humanas e religiosas dos povos africanos.

Um Bispo missionário original 
No meio de dificuldades e incompreensões não indiferentes, Daniel Comboni tem a intuição de que a sociedade europeia e a Igreja católica são chamadas a tomar em maior consideração a missão da África Central. Com este objectivo dedica-se a uma incansável animação missionária em todos os recantos da Europa, pedindo ajudas espirituais e materiais para as missões africanas, quer aos Reis, Bispos e grandes Senhores, quer ao povo pobre e simples. Como instrumento de animação missionaria cria uma revista missionária, a primeira em Itália.
A sua fé inquebrantável no Senhor e na África leva-o a fundar em 1867 e 1872, respectivamente, os seus Institutos missionários, masculino e feminino, posteriormente conhecidos como Missionários Combonianos e Irmãs Missionárias Combonianas.
Como teólogo do Bispo de Verona, participa no Concílio Vaticano I, levando 70 Bispos a subscreverem uma petição em favor da evangelização da África Central (Postulatum pro Nigris Africæ Centralis).
A 2 de Julho de 1877 Comboni é nomeado Vigário Apostólico da África Central e consagrado Bispo um mês mais tarde: é a confirmação de que as suas ideias e as suas acções, por muitos consideradas demasiado arrojadas ou até paranóicas, são extremamente eficazes para o anúncio do Evangelho e para a libertação do continente africano.
Nos anos de 1877-1878 sofre no corpo e no espírito, juntamente com os seus missionários e missionárias, a tragédia duma estiagem e carestia sem precedentes que dizimam a população local e abalam o pessoal e a actividade missionária.

Com a cruz por amiga e esposa 
Em 1880, com o entusiasmo de sempre, o Bispo Comboni regressa à África pela oitava e última vez, decidido a continuar, lado a lado com os seus missionários e missionárias, a luta contra a praga da escravatura e a consolidar a actividade missionária através dos próprios africanos. Um ano depois, provado pelo cansaço, pelas frequentes e recentes mortes dos seus colaboradores e pela amargura de acusações e calúnias, o grande missionário adoece. A 10 de Outubro de 1881, com apenas 50 anos de idade, marcado pela cruz que, qual esposa fiel e amada, nunca o abandonou, morre em Cartum no meio da sua gente, consciente de que a obra missionária não morreria. «Eu morro, mas a minha obra não morrerá».


Daniel Comboni tinha visto bem. A sua obra não morreu; pelo contrario, como todas as grandes obras que «nascem e crescem aos pés da cruz», continua a viver graças à doação da vida feita por tantos homens e mulheres que escolheram seguir Comboni no caminho da árdua e entusiasmante missão entre os povos mais necessitados na fé e mais abandonados pela solidariedade humana.

Em 26 de Março de 1994 é reconhecida a heroicidade das suas virtudes.

Em 6 de Abril de 1995 é reconhecido o milagre operado por sua intercessão em favor de uma menina afro‑brasileira, Maria José de Oliveira Paixão. 

Em 17 de Março de 1996 é beatificado em São Pedro por Sua Santidade o Papa João Paulo II. 

Em 20 de Dezembro de 2002 è reconhecido o segundo milagre operado por sua intercessão em favor de uma mãe muçulmana do Sudão, Lubna Abdel Aziz. 

Em 5 de Outubro de 2003 è canonizado em São Pedro por Sua Santidade o Papa João Paulo II.

Fonte: Vaticano

Biografia dos Santos: Santa Josefina Bakhita

  "Se tivesse hoje a oportunidade de encontrar os mercadores de escravos que me capturaram e até mesmo aqueles que me torturaram, eu ajoelharia e beijaria suas mãos, pois se isto não tivesse acontecido, eu, hoje, não seria cristã e religiosa."
Irmã Josefina Bakhita nasceu no Sudão (África), em 1869 e morreu em Schio (Vicenza-Itália) em 1947. Flor africana, que conheceu a angústia do rapto e da escravidão, abriu-se admiravelmente à graça junto das Filhas de Santa Madalena de Canossa, na Itália.

 A irmã morena

 Em Schio, onde viveu por muitos anos, todos ainda a chamam«a nossa Irmã Morena». O processo para a causa de Canonização iniciou-se doze anos após a sua morte e no dia 1 de dezembro de 1978, a Igreja emanava o Decreto sobre a heroicidade das suas virtudes. A Providência Divina que «cuida das flores do campo e dos pássaros do céu», guiou esta escrava sudanesa, através de inumeráveis e indizíveis sofrimentos, à liberdade humana e àquela da fé, até a consagração de toda a sua vida a Deus, para o advento do Reino.

 Na escravidão

 Bakhita não é o nome recebido de seus pais ao nascer. O susto provado no dia em que foi raptada, provocou-lhe alguns profundos lapsos de memória. A terrível experiência a fizera esquecer também o próprio nome. Bakhita, que significa «afortunada», é o nome que lhe foi imposto por seus raptores. Vendida e comprada várias vezes nos mercados de El Obeid e de Cartum, conheceu as humilhações, os sofrimentos físicos e morais da escravidão.

 Rumo à liberdade

 Na capital do Sudão, Bakhita foi, finalmente, comprada por um Cônsul italiano, o senhor Calixto Legnani. Pela primeira vez, desde o dia em que fora raptada, percebeu com agradável surpresa, que ninguém usava o chicote ao lhe dar ordens mas, ao contrário, era tratada com maneiras afáveis e cordiais. Na casa do Cônsul, Bakhita encontrou serenidade, carinho e momentos de alegria, ainda que sempre velados pela saudade de sua própria família, talvez perdida para sempre. Situações políticas obrigaram o Cônsul a partir para a Itália. Bakhita pediu-lhe que a levasse consigo e foi atendida. Com eles partiu também um amigo do Cônsul, o senhor Augusto Michieli.

 Na Itália

 Chegados em Gênova, o Sr. Legnani, pressionado pelos pedidos da esposa do Sr. Michieli, concordou que Bakhita fosse morar com eles. Assim ela seguiu a nova família para a residência de Zeniago (Veneza) e, quando nasceu Mimina, a filhinha do casal, Bakhita se tornou para ela babá e amiga. A compra e a administração de um grande hotel em Suakin, no Mar Vermelho, obrigaram a esposa do Sr. Michieli, dona Maria Turina, a transferir-se para lá, a fim de ajudar o marido no desempenho dos vários trabalhos. Entretanto, a conselho de seu administrador, Iluminado Checchini, a criança e Bakhita foram confiadas às Irmãs Canossianas do Instituto dos Catecúmenos de Veneza. E foi aqui que, a seu pedido, Bakhita, veio a conhecer aquele Deus que desde pequena ela «sentia no coração, sem saber quemEle era». «Vendo o sol, a lua e as estrelas, dizia comigo mesma: Quem é o Patrão dessas coisas tão bonitas? E sentia uma vontade imensade vê-Lo, conhecê-Lo e prestar-lhe homenagem».

 Filha de Deus

 Depois de alguns meses de catecumenato, Bakhita recebeu os Sacramentos de Iniciação Cristã e o novo nome de Josefina. Era o dia 9 de janeiro de 1890. Naquele dia não sabia como exprimir a sua alegria. Os seus olhos grandes e expressivos brilhavam revelando uma intensa comoção. Desse dia em diante, era fácil vê-la beijar a pia batismal e dizer: «Aqui me tornei filha de Deus!». Cada novo dia a tornava sempre mais consciente de como aquele Deus, que agora conhecia e amava, a havia conduzido a Si por caminhos misteriosos, segurando-a pela mão. Quando dona Maria Turina retornou da África para buscar a filha e Bakhita, esta, com firme decisão e coragem fora do comum, manifestou a sua vontade de permanecer com as Irmãs Canossianas e servir aquele Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor. A jovem africana, agora maior de idade, gozava de sua liberdade de ação que a lei italiana lhe assegurava.

 Filha de Madalena

 Bakhita continuou no Catecumenato onde sentiu com muita clareza o chamado para se tornar religiosa e doar-se totalmente ao Senhor, no Instituto de Santa Madalena de Canossa. A 8 de dezembro de 1896, Josefina Bakhita se consagrava para sempre ao seu Deus, que ela chamava com carinho «el me Paron!». Por mais de 50 anos, esta humilde Filha da Caridade, verdadeira testemunha do amor de Deus, dedicou-se às diversas ocupações na casa de Schio. De fato, ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. Quando se dedicou a este último serviço, as suas mãos pousavam docemente sobre a cabecinha das crianças que, diariamente, freqüentavam as escolas do Instituto. A sua voz amável, que tinha a inflexão das nênias e das cantigas da sua terra, chegava prazerosa aos pequeninos, reconfortante aos pobres e doentes e encorajadoras a todos os que vinham bater à porta do Instituto.

 "Porém, agora coloca-se a questão: em que consiste esta esperança que, enquanto esperança, é « redenção »? Pois bem, o núcleo da resposta encontra-se no trecho da Carta aos Efésios já citado: os Efésios, antes do encontro com Cristo, estavam sem esperança, porque estavam « sem Deus no mundo ». Chegar a conhecer Deus, o verdadeiro Deus: isto significa receber esperança. A nós, que desde sempre convivemos com o conceito cristão de Deus e a ele nos habituamos, a posse duma tal esperança que provém do encontro real com este Deus quase nos passa despercebida. O exemplo de uma santa da nossa época pode, de certo modo, ajudar-nos a entender o que significa encontrar pela primeira vez e realmente este Deus. Refiro-me a Josefina Bakhita, uma africana canonizada pelo Papa João Paulo II. Nascera por volta de 1869 – ela mesma não sabia a data precisa – no Darfur, Sudão. Aos nove anos de idade foi raptada pelos traficantes de escravos, espancada barbaramente e vendida cinco vezes nos mercados do Sudão. Por último, acabou escrava ao serviço da mãe e da esposa de um general, onde era diariamente seviciada até ao sangue; resultado disso mesmo foram as 144 cicatrizes que lhe ficaram para toda a vida. Finalmente, em 1882, foi comprada por um comerciante italiano para o cônsul Callisto Legnani que, ante a avançada dos mahdistas, voltou para a Itália. Aqui, depois de « patrões » tão terríveis que a tiveram como sua propriedade até agora, Bakhita acabou por conhecer um « patrão » totalmente diferente – no dialecto veneziano que agora tinha aprendido, chamava « paron » ao Deus vivo, ao Deus de Jesus Cristo. Até então só tinha conhecido patrões que a desprezavam e maltratavam ou, na melhor das hipóteses, a consideravam uma escrava útil. Mas agora ouvia dizer que existe um « paron » acima de todos os patrões, o Senhor de todos os senhores, e que este Senhor é bom, a bondade em pessoa. Soube que este Senhor também a conhecia, tinha-a criado; mais ainda, amava-a. Também ela era amada, e precisamente pelo « Paron » supremo, diante do qual todos os outros patrões não passam de miseráveis servos. Ela era conhecida, amada e esperada; mais ainda, este Patrão tinha enfrentado pessoalmente o destino de ser flagelado e agora estava à espera dela « à direita de Deus Pai ». Agora ela tinha « esperança »; já não aquela pequena esperança de achar patrões menos cruéis, mas a grande esperança: eu sou definitivamente amada e aconteça o que acontecer, eu sou esperada por este Amor. Assim a minha vida é boa. Mediante o conhecimento desta esperança, ela estava « redimida », já não se sentia escrava, mas uma livre filha de Deus. Entendia aquilo que Paulo queria dizer quando lembrava aos Efésios que, antes, estavam sem esperança e sem Deus no mundo: sem esperança porque sem Deus. Por isso, quando quiseram levá-la de novo para o Sudão, Bakhita negou-se; não estava disposta a deixar-se separar novamente do seu « Paron ». A 9 de Janeiro de 1890, foi baptizada e crismada e recebeu a Sagrada Comunhão das mãos do Patriarca de Veneza. A 8 de Dezembro de 1896, em Verona, pronunciou os votos na Congregação das Irmãs Canossianas e desde então, a par dos serviços na sacristia e na portaria do convento, em várias viagens pela Itália procurou sobretudo incitar à missão: a libertação recebida através do encontro com o Deus de Jesus Cristo, sentia que devia estendê-la, tinha de ser dada também a outros, ao maior número possível de pessoas. A esperança, que nascera para ela e a « redimira », não podia guardá-la para si; esta esperança devia chegar a muitos, chegar a todos."
  SPE SALVI DO SUMO PONTÍFICE BENTO XVI

 Testemunha do Amor

 A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de todos os habitantes de Schio. As Irmãs a estimavam pela sua inalterável afabilidade, pela fineza da sua bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido. «Sede bons, amai a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se, soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!». Chegou a velhice, chegou a doença longa e dolorosa, mas a Irmã Bakhita continuou a oferecer o seu testemunho de fé, de bondade e de esperança cristã. A quem a visitava e lhe perguntava como se sentia, respondia sorridente: «Como o Patrão quer». 

A última prova

 Na agonia reviveu os terríveis anos de sua escravidão e vária vezes suplicava à enfermeira que a assistia: «Solta-me as correntes ... pesam muito!». Foi Maria Santíssima que a livrou de todos os sofrimentos. Assuas últimas palavras foram: «Nossa Senhora! Nossa Senhora!», enquanto o seu último sorriso testemunhava o encontro com a Mãe de Jesus. Irmã Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na Casa de Schio, rodeada pela comunidade em pranto e em oração. Uma multidão acorreu logo à casa do Instituto para ver pela última vez a sua «Santa Irmã Morena», e pedir-lhe a sua proteção lá do céu. Muitas são as graças alcançadas por sua intercessão.
 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Por que os jovens abandonam a Igreja?


Um livro tenta entender as razões

Pe. John Flynn, LC

ROMA, segunda-feira, 28 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - É sabido que muitos jovens deixam de ser frequentadores ativos da Igreja.

O livro You Lost Me: Why Young Christians are Leaving the Church... and Rethinking Faith [“Fui! - Por que jovens cristãos estão abandonando a Igreja... e repensando a fé”], da Baker Books, analisa uma vasta pesquisa estatística do Grupo Barna para descobrir quais são as razões que levam os jovens para longe da Igreja.

Os autores David Kinnaman e Aly Hawkins analisaram uma enorme gama de estatísticas e apontaram três realidades particularmente importantes sobre a situação dos jovens.

1. As igrejas têm um envolvimento ativo com os adolescentes, mas depois da crisma, muitos deles param de ir à igreja. Poucos se tornam adulto seguidores de Cristo.

2. As razões pelas quais as pessoas abandonam a Igreja são diversificadas: é importante não generalizar sobre as novas gerações.

3. As igrejas têm dificuldade para formar a próxima geração a seguir a Cristo por causa de uma cultura em constante mudança.

Kinnaman explicou que não se trata de uma diferença de gerações. Não é verdade que os adolescentes de hoje sejam menos ativos na Igreja do que os de épocas anteriores. Aliás, quatro em cada cinco adolescentes na América do Norte, por exemplo, ainda passam parte da infância ou da adolescência numa congregação cristã ou numa paróquia. O que acontece é que a formação que eles recebem não é profunda o suficiente, e desaparece quando os jovens chegam à casa dos 20 anos de idade.

Para católicos e protestantes, a faixa etária dos vinte é a de menos compromisso cristão, independentemente da experiência religiosa vivida.

O principal problema é o da relação com a Igreja. Não necessariamente os jovens perdem a fé em Cristo; o que eles abandonam é a participação institucional.

Um fator importante que influencia a juventude é o contexto cultural em que ela vive. Nenhuma outra geração de cristãos, disse Kinnaman, sofreu transformações culturais tão profundas e rápidas.

Nas últimas décadas houve grandes mudanças na mídia, na tecnologia, na sexualidade e na economia. Isto levou a um grau muito maior de transitoriedade, complexidade e incerteza na sociedade.

Kinnaman usa ​​três conceitos para descrever a evolução dessas mudanças: acesso, alienação e autoridade.

Em relação ao acesso, ele salienta que o surgimento do mundo digital revolucionou a forma como os jovens se comunicam entre si e obtêm informações, o que gerou mudanças significativas na forma de se relacionarem, trabalharem e pensarem.

Há nisso um lado positivo, porque a internet e as ferramentas digitais abriram imensas oportunidades para difundir a mensagem cristã. No entanto, também há mais acesso a outros pontos de vista e outros valores culturais, mas com redução da capacidade de avaliação crítica.

Sobre a alienação, Kinnaman observa que muitos adolescentes e jovens adultos sofrem de isolamento em suas próprias famílias, comunidades e instituições. O elevado índice de separações, divórcios e nascimentos fora do casamento significa que um número crescente de pessoas crescem em contextos não-tradicionais, ou seja, onde a estrutura familiar é carente.

De acordo com Kinnaman, muitas igrejas não têm soluções pastorais para ajudar efetivamente aqueles que não seguem a rota tradicional rumo à vida adulta.

Além disso, muitos jovens adultos são céticos quanto às instituições que moldaram a sociedade no passado. Este ceticismo se transforma em desconfiança na autoridade.

A tendência ao pluralismo e à polêmica entre idéias conflitantes tem precedência sobre a aceitação das Escrituras e das normas morais.

Kinnaman observa que a tensão entre fé e cultura e um intenso debate também podem ter um resultado positivo, mas requerem novas abordagens pelas igrejas.

Ao analisar as causas do afastamento dos jovens das igrejas, Kinnaman admite que esperava encontrar uma ou duas razões principais, mas descobriu uma grande variedade de frustrações que levam as pessoas a esse abandono.

Alguns vêem a igreja como um obstáculo à criatividade e à auto-expressão. Outros se cansam de ensinamentos superficiais e da repetição de lugares-comuns.

Os mais intelectuais percebem uma incompatibilidade entre fé e ciência.

Por último, mas não menos importante, tem-se a percepção de que a Igreja impõe regras repressivas quanto à moralidade sexual. Além disso, as tendências atuais a enfatizar a tolerância e a aceitação de outras opiniões e valores colidem com a afirmação do cristianismo de possuir verdades universais.

Outros jovens cristãos dizem que sua igreja não permite que eles expressem dúvidas, e que as eventuais respostas a essas dúvidas não são convincentes.

Kinnaman também descobriu que, em muitos casos, as igrejas não conseguem educar os jovens em profundidade suficiente. Uma fé superficial deixa adolescentes e jovens adultos com uma lista de crenças vagas e uma desconexão entre a fé e a vida diária. Como resultado, muitos jovens consideram o cristianismo chato e irrelevante.

No final do livro, Kinnaman fornece recomendações para conter a perda de tantos jovens. É necessária, segundo ele, uma mudança na maneira como as gerações mais velhas encaram as gerações mais jovens.
Kinnaman pede ainda a redescoberta do conceito teológico de vocação, para se promover nos jovens uma consideração mais profunda sobre o que Deus quer deles.

Finalmente, o autor destaca a necessidade de enfatizar mais a sabedoria do que a informação. "A sabedoria significa a capacidade de se relacionar bem com Deus, com os outros e com a cultura".

domingo, 27 de novembro de 2011

1° Domingo do Advento

Evangelho segundo S. Marcos 13,33-37.

 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Tomai cuidado, vigiai, pois não sabeis quando chegará esse momento. É como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, delegou a autoridade nos seus servos, atribuiu a cada um a sua tarefa e ordenou ao porteiro que vigiasse. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar o galo, se de manhãzinha; não seja que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. O que vos digo a vós, digo a todos: vigiai!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

'Família' da Igreja Católica ganha 34 mil novas pessoas todos os dias



Todos os dias, 34 mil pessoas passam a fazer parte da 'família' da Igreja Católica.

É o que revela o relatório anual da 'Situação da missão global', realizado em 2011, e segundo o qual o catolicismo reúne um bilhão e 160 milhões de fiéis.

Números que desmentem o clichê de que vivemos em uma sociedade moderna cada vez mais secularizada e relativista, que rejeita tudo aquilo que tende ao transcendente, mas que, ao contrário, demonstra a vitalidade de uma Igreja que renova e aumenta sua comunidade de fiéis.

Segundo os dados do estudo, divulgado pela agência Analisis Digital, e retomados pela agência Zenit, no mundo hoje existem dois bilhões de pessoas, de um total de 7 bilhões, aos quais nunca chegou a mensagem do Evangelho.

Outros dois bilhões e 680 milhões ouviram algumas vezes falar de Cristo, ou o conhecem vagamente, porém não são cristãos.

“Apesar do fato de Jesus Cristo ter fundado uma só Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que “todos fossem um”, hoje existem muitas denominações cristãs: eram 1.600 no início do século XX, e são já 42 mil em 2011”, afirma o estudo.

Os protestantes carismáticos são 612 milhões e crescem 37 mil ao dia.

Os protestantes "clássicos" são 426 milhões e aumentam 20 mil por dia. As Igrejas Ortodoxas somam 271 milhões de batizados e ganham cinco mil por dia.

Anglicanos, reunidos principalmente na África e na Ásia, 87 milhões, e três mil a mais por dia.

Aqueles que o estudo define "cristãos marginais" (Testemunhas de Jeová, Mórmons, aqueles que não reconhecem a divindade de Jesus ou da Trindade) são 35 milhões e crescem dois mil ao dia.

“A forma mais comum de crescimento é ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição religiosa. A conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas todos os anos, e o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”.

Em 2011, os cristãos de todas as denominações terão feito circular 71 milhões de Bíblias a mais no mundo (há hoje 1 bilhão e 741 milhões, algumas de forma clandestina).

A cada ano 409 mil cristãos partem para evangelizar um país que não é o seu de origem, distribuídos em 4.800 organizações missionárias diversas.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Em BH, Jesus e Maria vão à universidade

 por Jovens ConectadosDSC_0258A universidade é um ambiente jovem por excelência, onde a busca pelo conhecimento, a curiosidade e o espírito aberto são cultivados com ardor. E foi assim, de espírito aberto, que estudantes e professores acolheram a Cruz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e o Ícone de Nossa Senhora na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), uma das maiores universidade do Brasil, com mais de 60 mil alunos.

Os Símbolos da JMJ chegaram às 17h30 ao campus, onde vários estudantes aguardavam de capelo (o chapéu típico dos formandos). Em seguida, foi realizada uma breve cerimônia com a presença do reitor e o bispo-auxiliar de BH Dom Joaquim Mol.

A estudante de administração da PUC Mariele Carmo chorou ao ver a chega da Cruz e do Ícone.

- Ela vem num momento muito oportuno, vem nos ensinar que Jesus e Maria estão conosco. Somos alunos privilegiados por experimentar essa graça. Na PUC, por ser uma instituição católica, deve existir a presença de Deus para formar profissionais para a vida – disse.

Estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também se juntaram aos colegas da PUC na acolhida. Um deles, Matheus Luiz, do curso de engenharia ambiental, falou porque é importante levar a Cruz e o Ícone a uma universidade.

- O nosso incentivo maior é trazer a realidade da cruz de Cristo para nossa realidade universitária. Esse sinal, esse signo que a Igreja nos dá é uma grande motivação pra nós jovens universitários e cristãos.

DomMolPor sua vez, o reitor Dom Joaquim Mol, que também é presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Educação e Cultura, da CNBB, explicou porque a universidade é lugar para Cristo:

- Não se faz educação na escuridão. Educação é luz. Portanto, se a juventude está nas universidade e se abre para o conhecimento, estando abertos para o mistérios da Cruz de Cristo, serão não só excelentes profissionais, mas excelentes cristãos.

E você, o que acha? Tem lugar para Jesus na universidade? Deixe seu comentário!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Biografia do Santos: São Nazário e São Celso

A memória dos Santos Nazário e Celso, que viveram em países diferentes, é celebrada na mesma data.  Nazário, batizado que foi pelo Papa Lino em Roma, recebeu no grêmio da Igreja o jovem Celso, natural da França, que contava apenas 12 anos de idade.
 

        Nazário nasceu em Roma, ainda no primeiro século da era cristã, era filho de um pagão muito rico, oriundo do norte da África e sua mãe, uma piedosa cristã natural de Roma, que a Igreja venera com o nome de Santa Perpétua. Enquanto ele desejava tornar o filho um sacerdote a serviço de um dos muitos deuses pagãos, ela o queria temente a Deus, no seguimento de Cristo, por isso o educou dentro da religião católica. Assim, com apenas nove anos de idade, o menino pediu para ser batizado, definindo a questão e sendo atendido pelo pai, que algum tempo depois também se converteu.
 
        Nazário foi batizado pelas mãos do próprio papa são Lino, o primeiro sucessor de são Pedro, que fez dele um dos seus auxiliares diretos. Ingressou no exército romano e com ele percorreu toda a Itália, onde também pregava o Evangelho. Mas, ao ser descoberto, foi levado à presença do imperador, que o mandou prender. Conseguindo fugir, abandonou Roma e tornou-se um pregador itinerante, até que, durante um sonho, Deus lhe disse para sair da Itália. Tinha amor e muita caridade com os pobres, onde iniciou sua ação evangelizadora e dedicou-se incansavelmente aos enfermos e aos órfãos,  ocasiões em que lhes apresentava em primeiro lugar o caminho das verdades divinas.
 
       Não tardou que a chama da perseguição nerodiana se levantasse contra este fiel discípulo de Cristo.  Quando encontrava-se na cidade de Milão, o governador Anolino deu ordem de prisão e, já no dia seguinte,  encontrava-se trancafiado na cela.  Sua presença ali tinha uma finalidade:  persuadí-lo para que adorasse aos deuses de Roma, já que grande multidão seguia os ensinamentos de Nazário.  Este, negando-se veementemente, recebeu como castigo cruel flagelação, sendo em seguida expulso de Milão. 
 
         Dirigiu-se então à Gália, hoje França, onde amplificou sua pregação evangelizadora. Num domingo,  rezando no povoado de Melia, uma mulher chamada Marionilla aproximou-se com seu filho Celso e pediu para que o batizasse e o instruísse na fé. Em curto espaço de tempo a graça de Deus resplandesceu sobre Celso, que assimilou exemplarmente as instruções celestes que todos os dias recebia do seu mestre espiritual. Com suas efizaces práticas e exemplo cristão já em tenra idade, aquela "semente" da qual fala o Evangelho, verdadeiramente caiu em terra fértil. 
 
       Nazário, em companhia de seu jovem discípulo, dirigiu-se a Treves, atualmente Trier, na Alemanha, onde fundaram uma comunidade cristã o qual ambos realizaram maravilhosos prodígios e milagres. Alargavam-se, assim,  as  fileiras da conversão,  fato que culminou em prisão e imediata sentença de morte. Foram jogados na confluência dos rios Sarre e Mosel e novo milagre ocorreu: em vez de afundar, os dois flutuaram e andaram sobre as águas. Assustados, os pagãos não tentaram mais matá-los, apenas os expulsaram do país. Regressaram para a Itália. Em Milão, o governador Anolino novamente mandou encarcerar Nazário e  também a  Celso, condenando-os à morte. Antes porém, da execução,  Anolino teve de consultar o imperador Nero,  já que Nazário era cidadão Romano.  Confirmada a sentença imperial,  foram conduzidos à praça maior de Milão, onde foram decapitados em 28 de julho do ano de 68. Os cristãos recolheram seus cadáveres e os sepultaram em um horto de extramuros.
 
        Mais de trezentos anos depois,  precisamente em 395, foi revelado a Santo Ambrósio (como constam em  seus inscritos) o lugar onde encontravam-se os sagrados despojos.  No túmulo de Nazário se  achou um fio de sangue tão fresco que parecia ter sido derramado naquela mesma hora.  Santo Ambrósio os fez trasladar à igreja dos Apóstolos, que acabara de construir.
 
        Os habitantes de Milão reverenciam os Santos Nazário e Celso como seus patronos. 

Fontes aqui e aqui.

Contagem regressiva para o anúncio da Logo da JMJ Rio2013

Aumenta a cada dia a expectativa para conhecer a logomarca oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O concurso para a escolha está em fase de seleção.

O prazo para as inscrições e envio da logo terminou no dia 31 de outubro e o anúncio da ganhadora deverá acontecer em dezembro.

Os concorrentes das mais diversas partes do Brasil e do mundo demonstraram muita criatividade e técnica. Mais de 150 logos chegaram ao Comitê Organizador Local (COL) e deixam evidente a força da fé e da alegria da juventude católica.

O Rio de Janeiro é a cidade com o maior número de participantes no concurso, seguida por São Paulo. Estão concorrendo, também, logomarcas provenientes de vários países: Itália, Estados Unidos, Portugal, Croácia, Zimbábue, Holanda, Argentina, México, Austrália, Bolívia, Peru e China. 

Jovens, tanto de idade como de coração, enviaram seus trabalhos. O concorrente mais jovem tem 14 anos e o jovem “há mais tempo” tem 93.

Uma das grandes curiosidades é o processo de seleção. Entre as etapas previstas está a avaliação por um grupo de designers, por uma comissão do Setor Juventude e também pelos setores pastoral e presidência do COL. A primeira seleção escolherá quinze logos e dentre as selecionadas, cinco serão enviadas para o Pontifício Conselho para os Leigos, em Roma.

É diretamente do Vaticano que virá o nome do ganhador do concurso.

Continuem na torcida e acompanhem as novidades no site: www.rio2013.com.

sábado, 19 de novembro de 2011

Papa fala sobre Aids, corrupção e denuncia todas as formas de escravidão



O Papa Bento XVI assinou, neste sábado, uma espécie de "mapa do caminho" da Igreja do continente para as próximas décadas, com as conclusões do sínodo africano de 2009 - um documento que fala de reconciliação, boa governança, denuncia todas as formas de escravidão e considera, ao mesmo tempo, que a Aids exige uma resposta médica, por se tratar, antes de mais nada, de um problema "ético".
Uma mulher, ao final de uma prece, aproveita para tirar uma foto do Papa, em Cotonou-
Uma mulher, ao final de uma prece, 
aproveita para tirar uma foto do Papa,
 em Cotonou

A Aids exige uma resposta médica e farmacêutica, mas isso não é suficiente, porque o problema é, antes de tudo ético, diz o documento, em latim, "Africae Munus" (o compromisso para a África).

O texto, de 135 páginas, diz que o combate à doença exige mudanças de comportamento, e defende a abstinência sexual, rejeitando a promiscuidade.
A posição do Vaticano sobre o preservativo para impedir a contaminação é controversa. Em 2009, numa viagem à República de Camarões e a Angola, o Papa abriu uma polêmica, ao estimar que o uso de preservativos agravavam o problema da Aids.
Depois disso, Bento XVI declarou que sua utilização poderia ser aceita "em determinados casos", "para reduzir os riscos de contaminação".
O documento, que vai entregar neste domingo aos bispos do continente, reunidos em Cotonou, contém, assim, uma referência à doença, que afeta particularmente o Continente africano, onde vivem 70% dos 34 milhões de soropositivos do mundo, apresentando as conclusões do sínodo celebrado em 2009, no Vaticano.
Conclama à abolição da pena de morte e denuncia os maus-tratos a mulheres e crianças.
No porto de Ouidah, onde começou o tráfico negreiro, o Papa também pediu aos cristãos que "lutem contra a escravidão".
O documento exorta, ainda, os católicos do continente a se posicionarem com firmeza sobre a reconciliação, a defesa da família e a boa governança.
Antes da viagem a Ouidah, Bento XVI denunciou a corrupção no mundo, considerando que poderá acarretar "reações muitas vezes violentas", e pediu aos dirigentes africanos que não privem seus povos da "esperança".
O Papa falou sobre o assunto no palácio presidencial de Cotonou, capital econômica de Benin, depois de ter iniciado na tarde de sexta-feira visita de três dias ao pequeno país da África Oriental, terra do vodu e da fé católica.
"Neste momento, há muitos escândalos e injustiças, muita corrupção e avidez, desprezo e mentiras, muita violência que conduz à miséria e à morte", declarou.
"Esses males afligem a África e o restante do mundo", destacou no pronunciamento para mais de mil pessoas reunidas num imenso hall decorado com tecidos amarelos e brancos. Estavam, entre elas, líderes políticos, diplomatas e representantes de outras religiões, entre elas o vodu.
"Cada povo quer compreender as escolhas políticas e econômicas que são feitas em seu nome. Ele vê manipulação, e a reação é, às vezes, violenta", alertou Bento XVI.
"Desta tribuna, faço um apelo a todos os dirigentes políticos e econômicos dos países africanos e aos demais. Não privem seu povo da esperança! Não amputem o futuro mutilando o presente!", lançou.
No discurso deste sábado, Bento XVI também fez referência à Primavera Árabe, observando que "nos últimos meses, numerosos povos manifestaram desejo de liberdade, de segurança material, e de vontade de viver em harmonia com diferentes etnias e religiões".
Também defendeu um diálogo entre as religiões sem "confusão" nem "sincretismo".
"Nenhuma religião, nenhuma cultura pode justificar o apelo ou o recurso à intolerância e à violência", afirmou.
Após ter sido recebido calorosamente na sexta-feira por milhares de fiéis, em Cotonou, o pontífice pediu, numa prece a Maria, na catedral, que sejam realizadas "as mais nobres aspirações dos jovens da África, que têm os corações sedentos de justiça, de paz e de reconciliação".

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Papa se diz preocupado com auge de igrejas evangélicas


O papa Bento XVI expressou nesta sexta-feira sua preocupação pelo auge das igrejas evangélicas na América Latina e África.

Na conversa com jornalistas a bordo do avião que o leva a Cotonou, capital do Benin, o papa afirmou que frente a esse desafio a Igreja Católica tem que oferecer uma mensagem simples, profunda e compreensível.

O papa afirmou que as igrejas evangélicas estão crescendo porque expõem uma mensagem aparentemente compreensiva e uma liturgia participativa que, na realidade, consiste no "sincretismo de religiões".

"Isso garante um êxito, mas também resulta em pouca estabilidade", ressaltou. O religioso disse que é muito importante que o cristianismo não se conceba como um sistema difícil, e tenha uma mensagem universal.

Bento XVI acrescentou que muitas vezes esses fiéis voltam à Igreja Católica ou adotam outras igrejas pentecostais. Por isso, o papa defende uma mensagem "simples, profunda e compreensível" para que não aconteça uma fuga de cristãos para estas igrejas.

O religioso disse exigir reconciliação, justiça e paz nas guerras que ainda existem na África. "Muitas vezes as palavras foram maiores que as intenções, que a vontade de realizar esses acordos", disse em encontro com jornalistas em cúpulas sobre a pacificação do continente.

O papa pediu aos políticos e às pessoas que enxerguem além do egoísmo. "A África é um grande pulmão espiritual para uma humanidade em crise de fé e esperança", afirmou.

Bento XVI lembrou que em 50 ou 60 anos de independência, a maioria dos países africanos tiveram que enfrentar processos muito rápidos de mudança. "A humanidade se encontra em processo cada vez mais rápido de transformação, e para os povos africanos é um processo difícil, que exige a colaboração de todos", ressaltou.

Entretanto, o papa defende que a África tem muito a mostrar ao mundo. Para ele, o continente tem um "frescor" e "uma juventude cheia de entusiasmo", e que apesar dos problemas, há "uma reserva de vida e de futuro" que todos temos que levar em conta, ressaltou.

O papa destacou que vai o Benin porque é "um país que recuperou a democracia, no qual há paz, liberdade, responsabilidade e justiça, e as religiões convivem no meio de um respeito recíproco".

No país, o religioso também prestará homenagem ao cardeal Bernardin Gantin, morto em 2008: "Era um humanista, um homem de fé e um grande bispo africano muito inteligente", afirmou.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A festa de todos os santos

Imagem de Destaque

Os santos são exemplos por isso devemos imitá-los

É uma alegria nos encontrarmos num dia tão importante, em que comemoramos a Festa de todos os Santos.

Estamos vivendo a semana das almas e, por decreto do Papa, podemos é a semana das almas, para ganhar para elas indulgência plenária, que é tirar almas do purgatório, pelos méritos de Cristo, e levá-las ao Céu. Isso é verdade de fé!

Esse poder Jesus deu ao Papa. Quando o Papa diz para nós: Tal pessoa está no céu, não duvide! O Espírito Santo não o deixa errar na terra em questão de doutrina. Ele pode até errar em outros assuntos, em questão de arte, cultura etc.

Vamos refletir duas coisas: os santos e os mortos do purgatório e da cura. Os santos são os nossos amigos do Céu. Toda pessoa que morre perfeitamente santa passa a ver Deus face-a-face e não cessa de interceder por nós no Céu; há alguém diante do Senhor intercenedo por nós dia e noite. Isso é dogma de fé. E essas pessoas, em comunhão com Deus no céu,  intercedem por nós.

Quero dizer que há muitos católicos, infelizmente, com minhoca na cabeça, achando que não existe santo, porque ouviram doutrinas falsas.

Ponha imagens de santos na sua casa.  A imagem não é sacramento, mas um sinal sacramental, por isso nós católicos não podemos ter medo. Nós não adoramos imagem, adoramos a Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. E se ajoelhamos diante do santo, não quer dizer que eu estamos adorando-o, mas pedindo sua intercessão, o que é diferente de adorar.

Meus irmãos católicos, não tenham medo de rogar a intercessão de Nossa Senhora e dos santos a Deus.

Os santos são exemplos, por isso devemos imitá-los, por isso vale a pena ler a vida deles. Quando nós os cultuamos, glorificamos a Deus, porque eles só são santos por causa da graça divina. O culto ao santo não é adoração, pois termina no coração de Deus.

Gosto de citar passagens de santos para percebemos que a nossa fé é antiga, uma fé de 2 mil anos testado no sangue dos mártires.

Os santos são alavancas maravilhosas para conseguirmos graças. São Pedro Julião Eymard, o santo adorador, diz que Jesus se esconde na Eucaristia para que você tenha a coragem de chegar até Ele, porque se Ele se apresentar como realmente é, não conseguiríamos chegar junto d’Ele.
Ele se esconde de nós para que não fujamos d’Ele, para que o pecador não tenha medo d'Ele, por isso usamos intercessores lá no Céu, os santos.
 
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Todos os Santos

"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão." 

A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje. A Igreja de Cristo possui muitos santos canonizados e a quantidade de dias do calendário não permite que eles sejam homenageados com exclusividade. Além desses, a Igreja tem, também, muitos outros santos sem nome, que viveram no mundo silenciosamente e na nulidade, carregando com dignidade a sua cruz, sem nunca ter duvidado dos ensinamentos de Jesus. 
Enfim, santos são todos os que foram canonizados pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não foram e nem sequer a Igreja conhece o nome e que nos precederam em vida na terra perseverando na fé em Cristo. 
Portanto, são mesmo multidões e multidões, porque para Deus não existe maior ou menor santidade. Ele ama todos do mesmo modo. O que vale é o nosso testemunho de fidelidade e amor na fé em seu Filho, o Cristo, e que somente Deus conhece. 
Como mesmo entre os canonizados muitos santos não têm um dia exclusivo para sua homenagem, a Igreja reverencia a lembrança de todos, até os sem nome, numa mesma data. A celebração começou no século III, na Igreja do Oriente, e ocorria no dia 13 de maio. 
A festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609, quando o papa Bonifácio IV transformou o Panteão, templo dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a Todos os Santos. 
A mudança do dia começou com o abade inglês Alcuíno de York, professor de Carlos Magno, perto do ano 800. Os pagãos celtas entendiam o dia 1o de novembro como um dia de comemoração que anunciava o início do inverno. Quando eles se convertiam, queriam continuar com a tradição da festa. Assim, a veneração de Todos os Santos lembrando os cristãos que morreram em estado de graça foi instituída no dia 1o de novembro. 
O papa Gregório IV, em 835, fixou e estendeu para toda a Igreja a comemoração em 1o de novembro. Oficialmente, a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para 1o de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do papa Xisto IV. Mas o importante é que a solenidade de Todos os Santos enche de sentido a homenagem de Todos os Finados, que ocorre no dia seguinte.

Rezemos por nós, para que a exemplo dos Santos, sejamos jovens que sigam uma vida a procura da Santidade, que a cada queda  e/ou dificuldade erguemo-nos,  com a certeza de um Deus maravilhoso que nos ama acima de tudo.